quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Renan comenta: OBFEP 2015 - 1ª Fase - Nível A

Fala galera! Renan aqui, e hoje vamos dar início a uma série de três posts com comentários sobre as questões da OBFEP. Hoje, na primeira parte da série, vamos comentar as questões destinadas aos alunos do 9º ano, ou seja, estamos tratando do Nível A. Bora pra action?

Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas 2015 - 1ª Fase - Nível A


A.01) A Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu que o ano de 2015 seria considerado o ano internacional da luz por coincidir com a comemoração de alguns momentos importantes da ciência que envolveram diretamente a luz. Um desses momentos foi a apresentação do trabalho de Augustin-Jean Fresnel, em 1815, quando defendeu que a luz manifesta comportamentos ondulatórios. Ondulatório e corpuscular (partículas) são as duas formas usadas para descrever fenômenos relativos à luz. Existem alguns fenômenos típicos de ondas e outros típicos de partículas. Um fenômeno típico de ondas que é a capacidade de contornar obstáculos é chamado de difração. A luz sofre difração. Fresnel construiu modelos teóricos que explicavam a difração da luz.
Em 2015, vamos comemorar o centenário dos trabalhos do conhecido físico Albert Einstein. Em 1915, ele apresentou a famosa teoria da Relatividade Geral, onde a luz desempenha um papel importante. Foi também de Einstein a explicação sobre o efeito fotoelétrico que é a capacidade da luz retirar elétrons da matéria. Neste trabalho, Einstein defende que a energia trazida pela luz estava distribuída em pacotes, comportamento típico de partículas. As partículas, pacotes de matéria, conseguem transportar energia e matéria ao mesmo tempo. Já as ondas só transportam energia.
Considerando que tanto Fresnel quanto Einstein estavam certos, podemos dizer que:

a) A luz pode apresentar tanto comportamento típico de onda, quanto comportamento típico de partículas.
b) A luz apresenta comportamento exclusivamente ondulatório.
c) A luz é formada exclusivamente por um conjunto de partículas.
d) A luz não manifesta comportamento de partículas, nem de ondas.

 Resolução 

O texto deixa claro que a luz pode assumir características tanto de ondas (comportamento ondulatório) quanto de partículas (comportamento corpuscular).

Resposta: A

A.02) Os astros que mais chamaram a atenção dos povos são aqueles que emitem mais luz para a Terra: o Sol e a Lua. Seus movimentos são periódicos e por isso foram usados como verdadeiros ponteiros de relógio. Muitas culturas usaram o ciclo lunar (Lua cheia, quarto minguante, Lua nova e quarto crescente) como medida de tempo. Esse ciclo é também chamado de mês lunar. Isso era adequado em regiões equatoriais onde o clima não altera muito durante o ano e a fauna é sensível à mudança de fases da Lua. Já nas regiões tropicais, o ciclo solar produz mudanças durante o ano (primavera, verão, outono e inverno) mais significativas que as das fases da Lua. Por esse motivo, civilizações tropicais usavam o ciclo solar como medida de tempo. Cada fase da Lua dura 7,375 dias e cada estação do ano dura 91,25 dias. Podemos concluir, então, que um ano corresponde a:
a) 11 meses lunares e 21 dias
b) 12 meses lunares e 9 dias
c) 12 meses lunares e 11 dias
d) 13 meses lunares e 1 dia

 Resolução 

1 mês lunar é composto por 4 fases da Lua, portanto um mês lunar possui 7,375 · 4 = 29,5 dias.

Ao multiplicarmos 29,5 dias por 12 meses lunares achamos um total de 354 dias. Diminuindo esse resultado de 365 dias (1 ano), restam 11 unidades.

Resposta: C

A.03) Logo abaixo você acompanha uma sequência de momentos de um objeto descrevendo apenas rotação e do mesmo objeto descrevendo apenas translação em trajetória circular.
Apenas rotação...
Apenas translação...
Você sabia que, aqui da Terra, só vemos uma face da Lua? Isso significa que sempre as mesmas crateras estão voltadas para a Terra. Não conseguimos ver o outro lado, que é chamado de lado oculto da Lua. Porque isso acontece?
a) Porque a rotação da Lua e a translação da Lua duram o mesmo intervalo de tempo.
b) Porque a Lua descreve apenas rotação ou apenas translação.
c) Porque a rotação da Lua demora um intervalo de tempo maior que a translação.
d) Porque a rotação da Lua demora um intervalo de tempo menor que a translação.

 Resolução 

O fato de não vermos o outro lado da Lua é que seus períodos de rotação e de translação são iguais.

Resposta: A

A.04) Sabemos que a luz segue em linha reta no espaço livre (princípio de propagação retilínea da luz)
e que sua velocidade é enorme, 300.000.000 m/s. Para ter uma ideia da magnitude desta rapidez, vamos
imaginar que a luz faz voltas em torno da Terra e muito próxima de sua superfície. Considerando que o raio
da Terra mede 6.000 km e adotando π = 3, quantas voltas completas em torno da Terra a luz conseguiria
realizar em 1 segundo?
http://www.perfectlasers.net/25mw-green-laser-pointer.html (visto em 10/04/15)
a) 5 voltas
b) 6 voltas
c) 7 voltas
d) 8 voltas

 Resolução 

A distância percorrida em 1 volta pode ser encontrada por C = 2πr onde r é o raio da Terra. Precisamos deixar as unidades de medida iguais. Você pode converter o raio de km para m ou converter a velocidade de m/s para km/s. A decisão é sua. Eu ficarei com a segunda, passando a velocidade para 300 000 km/s:
C = 2 · 3 · 6 000 km  C = 36 000 km

Podemos achar o que a questão pede através de uma regra de três:
1 volta ----- 36 000 km
x voltas ---- 300 000 km
x = 300 000 / 36 000  x ≈ 8,33 voltas

A luz conseguiria dar 8 voltas ao redor da Terra. 

Resposta: D

A.05) A figura abaixo é uma representação das posições do Sol, da Terra e da Lua, e suas dimensões. O alinhamento desses astros produz um fenômeno raro: o eclipse solar. De acordo com essa figura, dentre os lugares A, B e C, aonde as pessoas poderão ver o eclipse solar total e aonde as pessoas poderão ver o eclipse solar parcial, respectivamente?

a) C e A
b) C e B
c) A e B
d) A e C

 Resolução 

Veja a figura:
Resposta: D

A.06) Na figura ao lado, um prisma de vidro recebeu um raio de luz branca. O raio de luz branca é formado por vários raios de luz de cores diferentes. No prisma, esses raios são separados porque cada um sofre desvio diferente.
Pode-se provar que quanto maior o desvio da luz ao passar pelo prisma, menor será a velocidade da luz no vidro. Qual a cor da luz que possui mais velocidade no vidro?
https://fspanero.wordpress.com/2009/12/ (visto em 05/04/2015)
a) Vermelho
b) Verde
c) Azul
d) Violeta

 Resolução 

Se o raio que sofre maior desvio possui menor velocidade, então possuirá maior velocidade o raio que sofre menor desvio. Pela figura, no vidro, o raio de luz que sofre menor desvio é o vermelho.

Resposta: A

A.07) O laser é uma luz muito regular e que, por isso, pode ser usada pelo homem para diversas aplicações tecnológicas como em modernos medidores de velocidade. A polícia rodoviária está intensificando a utilização destes equipamentos para a fiscalização nas rodovias.
Certa vez, um policial acionou um cronômetro (t = 0s) à medida que fazia a leitura da velocidade de um carro na BR 116, próximo a Governador Valadares (MG). As indicações das velocidades durante os primeiros 5 segundos de observação estão catalogadas na tabela abaixo:
O movimento deste carro obedece a uma regularidade que relata o ritmo do aumento da velocidade do mesmo. Tal regularidade é chamada de aceleração. Devido a esse comportamento, seu movimento é chamado de movimento uniformemente variado, ou MUV. A aceleração deste carro durante o período observado pode ser expressa por:











 Resolução 

A aceleração pode ser calculada por 
a = Δv/Δt a = (v - vo)/(t-to)
a = (70 - 55)/(5 - 0) a = 15/5 (km/h)/s
a = 3 (km/h)/s

Resposta: C

A.08) O laser também é usado para medir comprimentos, com excelente precisão, em equipamentos chamados de trenas ópticas. É fácil encontrar na internet propagandas dessas trenas ópticas.
http://www.mreferramentas.com.br/trena-digital-a-laser-50-metros-hikarihtl-50/ (visto em 12/04/2015)
Como qualquer aparelho de medida, a trena óptica possui um certo nível de erro. Observe algumas medidas realizadas por uma certa trena a laser:
3,750 m 
4,000 m 
2,820 m 
A partir dessas medidas, podemos dizer que a menor graduação desta trena encontra-se na casa dos:
a) m
b) cm
c) mm
d) 10-1 mm

 Resolução 

Perceba que, em todos os casos, as medidas são dadas até duas casas decimais, ou seja, são especificadas até a graduação de centímetros. Não deixe se enganar com os zeros após a segunda casa decimal: 3,750 e 3,75 são a mesma coisa. Não caia nessa!

Resposta: B

A.09) Uma fonte de luz muito interessante é o vagalume. Este pequeno inseto produz um pigmento que reage quimicamente com o oxigênio para produzir luz. Qual a criança que não é fascinada por um vagalume? Em Maracaju (MS), Ricardo, um menino muito agitado, viu um vagalume em um galho de árvore mais alto que ele. Como aquela luz estava lhe atraindo, resolveu pegá-la. Posicionou-se embaixo do vagalume, agachou um pouco e deu um pulo. Para tristeza de Ricardo, o vagalume voou antes de sua captura.
http://partedesi.blogspot.com.br/2012/09/
parodiavagalumesruas-por-ai.html
O que Ricardo fez para pular, vencendo a força da gravidade?

a) Aplicou nele mesmo uma força para cima e maior que a força da gravidade. 
b) Aplicou no chão uma força para baixo e de mesma intensidade que a força da gravidade. 
c) Aplicou no chão uma força para baixo e de maior intensidade que a força da gravidade. 
d) Aplicou no ar uma força para baixo e maior que a força da gravidade.

 Resolução 

É bem intuitivo: para vencer a força da gravidade é necessário aplicar uma força no chão, o qual aplicará de volta uma força no menino, e esta força precisa ser maior que a força da gravidade.

Resposta: C

A.10) Os meteoritos são pedras que vêm do espaço e entram na atmosfera terrestre. O atrito entre os meteoritos e a atmosfera produz um intenso aquecimento ao ponto de gerar luz (incandescência). Os meteoritos são fontes de luz temidas pelo homem.
http://www.bluebus.com.br
/meteorito-na-russia-trazendo
-a-deep-web-para-a-superficie-por-felipe-b/
Digamos que um meteorito esteja caindo verticalmente. A força da gravidade da Terra aponta a favor do movimento do meteorito e a força de atrito aponta contra o movimento do mesmo. À medida que o meteorito se aproxima da Terra, sua velocidade aumenta. Quando entra na atmosfera, sua velocidade diminui até que entra em movimento uniforme a poucos quilômetros da superfície da Terra.

Sobre a força resultante que age neste meteorito durante o movimento descrito, podemos afirmar que:
a) se manteve a favor do movimento o tempo todo. 
b) se tornou nula a poucos quilômetros da superfície. 
c) por todo o tempo que o meteorito estava interagindo com a atmosfera, ela apontou contra o movimento.
d) adquiriu sua maior intensidade quando o meteorito atingiu sua menor velocidade.

 Resolução 

Para que um objeto tenha velocidade constante, ou seja, realize movimento uniforme, a força resultante sobre ele deve ser nula. Essa situação está descrita no texto quando o meteorito está a poucos quilômetros da terra.

Resposta: B

A.11) Outra fonte de luz temida pelo homem é o raio. Por sorte, Benjamin Franklin criou o para-raios que nos protege deste poderoso fenômeno da natureza.
http://www.cosmoconsultoria.com.br/servicos/para-raios/instalacoes.html (visto em 15/04/2015)
Um raio é uma descarga elétrica que transforma energia elétrica em energia luminosa, energia térmica e energia sonora. A energia elétrica liberada por um raio equivale à energia elétrica consumida por uma lâmpada de 100W acesa por 4 meses (120 dias). Uma lâmpada de 100W consome 1kWh (quilowatt-hora) de energia elétrica quando acesa por 10 horas. Quantos quilowatt-hora são liberados por um raio?
a) 196 kWh
b) 242 kWh
c) 264 kWh
d) 288 kWh

 Resolução 

A energia liberada é calculada por:

E = 1 kWh/10h · 120 dias · 24 horas/dia

Perceba que as unidades se anulam, restando apenas o kWh:

E = (120 · 24)/10 kWh/horas · dias · horas/dia
E = 288 kWh

Resposta: D

A.12) João estava conversando com o seu amigo Stevin, que mora nos Estados Unidos. Stevin estava lhe explicando que as lâmpadas fluorescentes são mais econômicas. Também disse que elas são chamadas de “lâmpadas frias” pois mantêm a temperatura de sua superfície a 104 graus, podendo ser tocada por
qualquer pessoa. A princípio, João não entendeu como poderia ser fria se fica mais quente que água fervendo. Stevin lhe explicou que João estava interpretando de forma equivocada o valor de 104 graus. A escala usada pelos norte americanos é a Fahrenheit. Nesta escala, a água congela a 32 graus e entra em ebulição a 212 graus. Já na escala Celsius, a água congela a 0 graus e entra em ebulição a 100 graus. http://www.preciolandia.com/br/lampada-fluorescente-eletronica-espiral-8iuf3y-a.html
Usando os valores correspondentes para o ponto de fusão e ebulição da água, encontre a indicação na escala Celsius correspondente a 104 ºF.
a) 40 ºC
b) 50 ºC
c) 60 ºC
d) 70 ºC

 Resolução 

Aqui você pode aplicar a fórmula da conversão de escalas ou simplesmente pode fazer uma regra de três usando as razões entre a temperatura atual pela temperatura do ponto de ebulição. A fórmula de conversão de temperatura Tc/5 = (Tf - 32)/9 surge dessa regra de três. Veja:

x/100 = (104 - 32)/(212 - 32)  x/100 = 72/180
x/5 = 72/9 x/5 = 8
x = 40 °C
Resposta: A

A.13) Existe um capacete que está sendo vendido na internet nomeado de capacete solar. Ele possui um pequeno painel solar na parte superior. Um ventilador fica ligado ao painel solar. Enquanto existir luz solar, o ventilador funcionará refrescando a cabeça do usuário sem que o capacete perca a sua função de proteção.
http://rj.olx.com.br/serra-angra-dos-reis-e-regiao/jardinagem-e-construcao/capacete-de-seguranca-ventilacaomovido-luz-solar-47857194(visto em 05/04/2015)
A energia sofre duas transformações no mecanismo desse capacete. Identifique a sequência dos tipos
de energia que se manifestam neste equipamento.
a) energia elétrica → energia solar → energia cinética
b) energia elétrica → energia cinética → energia solar
c) energia solar → energia cinética → energia elétrica
d) energia solar → energia elétrica → energia cinética

 Resolução 

A energia solar incide no painel solar que a converterá em energia elétrica. Esta será utilizada para movimentar a hélice do ventilador. Falou em movimentar, temos energia cinética.

Resposta: D

A.14) A luz solar aquece a superfície da Terra; portanto, ela transporta calor. Em Cabrobó (PE), a luz solar traz, em média, 200 calorias por m² de superfície em cada hora. Observe a planta baixa (desenho visto de cima) de uma piscina. Ela será construída em Cabrobó. Sendo assim, das 10 h até as 14 h, a água desta piscina receberá quanto calor trazido pela luz solar?
Use π = 3 e saiba que o ponto P é o centro do único arco de círculo que aparece. 

a) 42 kcal 
b) 48 kcal 
c) 50 kcal 
d) 54 kcal 

 Resolução 

A piscina é constituída por um retângulo, um quarto de circunferência (90°) e um quadrado. Sua área total é a soma dessas três áreas.
AT = (B×h) + πR²/4 + L²
AT = (8×4) + 3×4²/4 + 4²
AT = 32 + 12 + 16 AT = 60 m²

Sendo Q a quantidade de calor recebido:
Q = 200 cal/m²·h × 60 m² × 4h
Q = 48 000 cal = 48 kcal

Resposta: B

A.15) No processo de tratamento de água de uma cidade no México, usam-se tanques cilíndricos de 20 m de diâmetro. Cada tanque possui uma capacidade de 6.000 m³ de água. Para reduzir o percentual de água perdida por evaporação por causa da incidência da luz solar, procura-se deixar tais tanques totalmente cheios. Certa vez, o engenheiro responsável notou que um tanque não estava cheio e mandou completá-lo. A partir do momento de acionamento das bombas que injetavam água no tanque, t = 0s, a altura h da água
dentro do tanque obedeceu a relação h = 5 + 0,5.t + 0,1.t² , onde o tempo t era medido em segundos. Quanto tempo levou para encher o tanque completamente? Dados: use π = 3.
a) 8 s
b) 10 s
c) 12 s
d) 14 s

 Resolução 

Primeiro de tudo, vamos entender a questão: temos duas variáveis na função: h e t. Precisamos descobrir uma para calcular a outra. Vamos descobrir a altura do tanque para então calcular o tempo, que é pedido na questão.

V = AB · h V = πr² · h
6 000 = 3 · 10² · h 6 000 = 300·h
h = 20 m

Agora é só substituir na função que relaciona altura e tempo e cairemos numa equação do 2º grau:

h = 5 + 0,5.t + 0,1.t²
20 = 5 + 0,5.t + 0,1.t²
0,1t² + 0,5t - 15 = 0 (×10)
t² + 5t - 150 = 0

Você pode resolver pela fórmula de Bháskara. Eu prefiro por soma e produto:
x1 + x2 = -b
x1 · x2 = c

x1 = 10 e x2 = -15

Como o resultado negativo não interfere, tem-se que o tanque foi cheio em 10s.

Resposta: B

E aí, o que achou? Não esquece de deixar teu comentário aqui e nem deixa de mandar esse post para aquele teu amigo que tá se preparando para a Olimpíada!

Eu sou o Renan,
#BoraPraAction

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O sorriso de 25 mil dólares!

Pare e pense: como você se sentiria se achasse 25 mil dólares enquanto anda na rua? Agora puxe pela memória: você acha que existe algum sorriso que valha essa quantia?

Bem, em um primeiro momento você pode ter pensado em alguma celebridade. Se tiver a mente um pouco mais fértil, pode ter imaginado uma boca cheia de dentes de ouro heheh. Mas, e se eu te dissesse que tal sorriso está mais próximo do que você pensa? E, indo além, e se eu te contasse que VOCÊ mesmo é o dono ou a dona desse sorriso?

Calma, vou te explicar direitinho: há algum tempo foi divulgada uma pesquisa que mostrava que o nível de endorfina produzido pelo nosso corpo quando recebemos um sorriso é o mesmo se acontecesse de acharmos 25 mil dólares na rua!

Faz sentido? Vamos fazer um exercício: lembre-se de um sorriso que você recebeu e que tenha te marcado bastante. Tente lembrar-se da sensação que te percorreu durante esse momento. Eu não sei você, mas, para mim, há sorrisos que 25 mil dólares jamais pagariam!

E é por esse motivo que eu quero te fazer um convite: SORRIA!
Sorrir é contagioso! Você estimula as pessoas ao seu redor, além de parecer mais afável, amigável e inclusive mais competente!

Aliás, lembro-me de mais um estudo (eu gosto deles, heheh) que vi uma vez, o qual mostrava que, quando você estivesse na iminência de ficar triste, ficando pra baixo, e simplesmente sorrisse para o nada, sem nenhum motivo aparente, é possível livrar-se desse sentimento negativo em alguns minutos.

Eu não sei se você possui 25 mil dólares para sair distribuindo. Mas eu tenho certeza que você pode melhorar o dia ou a semana de uma pessoa com um simples sorriso, com um gesto gentil. E mais: tenho certeza que você será muito bem recompensado(a), tanto no curto quanto no longo prazo.

Portanto, te deixo com essa missão. Faça disso um hábito e volte para contar os impactos positivos tanto na sua vida quando na das pessoas ao seu redor.

Eu sou o Renan,
#BoraPraAction

Veja mais:
Ron Gutman - O poder oculto do sorriso - TEDx Talks
O poder do sorriso - Super Interessante

Filmes relacionados:
A corrente do Bem

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sábado, 14 de novembro de 2015

O poder da avalanche de peões - Parte 1

Artigo escrito pelo IM Zoran Ilic e traduzido do blog Remote Chess Academy, do GM Igor Smirnov.


Uma avalanche de peões (do inglês pawn storm) é uma estratégia de xadrez na qual vários peões são movidos numa rápida sucessão em direção à defesa do oponente. Uma tempestade de peões normalmente envolve os peões adjacentes de alguma ala do tabuleiro (ala do rei ou ala da dama).

"Você pode dizer que um enxadrista está amadurecendo quando ele começa a variar suas aberturas" - Bent Larsen

Claro, é um fato verdadeiro! Todo jogador de xadrez deve melhorar continuamente e expandir seu repertório de aberturas se ele quiser ter um progresso constante. Tais mudanças são requeridas especialmente quando você atinge um nível mais elevado.

Uma das razões comuns para a ESTAGNAÇÃO de jogadores talentosos é que eles são relutantes em mudar seus repertórios de aberturas à medida que sua força de jogo aumenta.

Durante anos, eles muitas vezes se prendem às aberturas aprendidas nas suas juventude, negligenciando o fato de que a importância da abertura é gradualmente aumentada à medida que você sobe nos rankings. Em vez desta abordagem, eles deveriam aceitar o desafio e começar a reconstrução necessária de seus repertórios de aberturas.


Sim, isso requer o investimento de uma quantidade significativa de tempo. Mas essa é a maneira de continuar a melhorar a longo prazo e assim competir com sucesso em um novo nível. O xadrez é um jogo complexo, exigente. NÃO há nenhum atalho para se chegar a um padrão de alto nível.

Agora, vejamos uma história real:

Aleksandar Indjic (19 anos) é um jovem GM muito talentoso e a grande esperança do xadrez sérvio. Na sua carreira, ele já obteve muitos resultados notáveis. O seu gráfico de rating FIDE se mantém em crescimento e atualmente ele está por volta de 2550.


No caminho para chegar a um nível tão alto, ele obteve muitos pontos ganhando vários jogos com aberturas Benoni quando com as peças negras.

Entre as suas vítimas não estavam apenas jogadores fracos, mas também alguns nomes respeitáveis. Mas isso foi em um tempo em que ele não era tratado com o maior respeito por seus adversários (hoje em dia eles respeitam). Sem dúvida, o GM Indjic entende e sente a abertura Benoni perfeitamente.

Durante anos, seu principal treinador era o lendário iugoslavo GM Drasko Velimirovic, que jogou essa abertura por todo caminho ao longo de sua rica carreira. Ele goza da reputação de ser um dos maiores praticantes da Benoni.

Defesa Benoni

Então, qual é o problema? Jogar a defesa Benoni e aberturas similares contra um jogador de menor força é normalmente uma boa e promissora escolha. Mas usar isso contra jogadores acima de 2500 é uma aventura muito arriscada.

Poderia ser adequado contra a forte oposição em jogos individuais, como uma arma surpresa, mas dificilmente é sólida o suficiente para ser a base de um repertório de ALTO NÍVEL: a opinião geral é que tais aberturas são simplesmente insustentáveis no mais alto nível.

Acredito que o jovem GM Indjic já entendeu isso após experimentar algumas derrotas dolorosas recentemente. A última delas, no Memorial Najdorf em Warszawa este verão, veio quando ele escolheu arriscar sua abertura favorita contra o GM polonês Krasenkow. Agora, provavelmente é a hora de evoluir seu repertório:

Jogo 01
Krasenkow,M (2623) - Indjic,A (2542)
Memorial Najdorf Categoria Aberto Warsaw Polônia (round 7.10), 18.07.2014


1.d4 Cf6 2.c4 c5 3.d5 NÃO era difícil para Krasenkow adivinhar a escolha de abertura das negras. E, claro, ele estava bem preparado. 3...e6 4.Cc3 exd5 5.cxd5 d6 6.e4 g6

Jogam as brancas

Indjic parece estar muito confiante e destemido com sua Benoni. Esta ordem de lances permite que as brancas joguem a desagradável variante Taimanov, com o rápido avanço do peão-f e Bb5+. Apesar deter sido dada esta oportunidade, GM Krasenkow opta por outra abordagem posicional mais silenciosa que tem sido muito popular nos últimos tempos. Esta é a chamada Variante Clássica-Moderna - e ela não é fácil de conhecer, de qualquer modo.

7.h3! O lance chave! Com um h3 precoce, as brancas evitam a ideia de "libertação" favorita das negras com ...Bg4. A troca dos bispos de casas claras favorece as negras, tendo em mente sua inferioridade de espaço.

7...Bg7 8.Cf3 a6 9.a4 Cbd7 10.Bd3 Ch5 Atrasar o roque é uma tentativa interessante de responder ao set-up com h3, Cf3 e Bd3 das brancas. O ponto principal do jogo das negras é iniciar um imediato jogo na ala do rei. Essa ideia foi aplicada com sucesso em alguns jogos pelo GM Radoslaw Wojtaszek.

11.Bg5 A principal escolha das brancas e uma tentativa muito sensível para frustar os planos das negras. As brancas também não se apressam para fazer o roque, evitando a linha 11.0-0 Ce5 12.Cxe5 {ou 12.Be2 Cxf3+ 13.Bxf3 Dh4!


O ponto principal de não ter feito roque é explorar a semi-aberta fila-G após 14.Bxh5 gxh5}

12...Bxe5 13.f4 Bd4+ 14.Rh2 Dh4!? 15.Df3 Cf6 16.Ce2 Cg4+ 17.Rh1 Cf2+ 18.Rh2 Cg4+ 19.Rh1 Cf2+ 20.Rh2 ½-½ Sermier,G (2428)-Kovacevic, A (2598) Aix-les-Bains 2011

11...Bf6 12.Bh6!


O bispo branco em h6 previne as negras de fazerem o roque
Mais ativo e desafiante que 12.Be3 Ce5 13.Be2 Cxf3+ 14.Bxf3 Cg7

12...Ce5 As negras continuam com seu plano usual ativo, não querendo entrar na posição jogável mas um pouco inferior no caso de 12...Bg7  13.Bxg7 Cxg7 14. Dd2 0-0 15.0-0 b6 16. Tab1 f6 17.b4 ½-½ Van Wely, L (2730)-Smith, B (2550) Chicago 2009. Uma linha que leva a uma posição altamente desequilibrada é 12...g5!? com a simples ideia de Tg8-g6 13.e5!? dxe5 14.0-0 Cf4 15.Ce4 De acordo com minhas fontes, esta posição não foi testada na prática ainda.

13.Cxe5 Mais direto que 13.Be2 Cxf3+ 14.Bxf3 Cg7 13...Bxe5 14.Dd2 Ordem de lances precisa! 14.0-0 Dh4! é bem mais perigoso para as brancas. Por exemplo, 15.Dd2 Bxh3 16.gxh3 Dxh3 17.f3 g5! seguido de ...Bd4+ 14...Cg7 O lance mais lógico. Como alternativas, o GM Ward sugere 14...Tg8 pretendendo encontrar 15.0-0?! com 15...g5, ou 14...Bd7 mantendo a opção de ...Tg8 e ...g5. Mas é muito mais fácil sugerir tal ideia aventureira do que jogá-la em um jogo real.

15. 0-0 0-0 16.f4!

16.f4 dá início à avalanche de peões!
A forte novidade que põe em dúvida toda a concepção das negras.Dois exemplos de práticas anteriores onde as negras atingiram posições bastante sólidas são:

  • 16.Ce2 f5 17.exf5 gxf5 18.Bg5 Bf6 19.Bxf6 Dxf6 20.Cf4 Dd4 0-1 Szromba, K (2118)-Wojtaszek, R (2449) Laczna 2002.
  • 16.Tae1 f5 17.exf5 Bxf5 18.Ce4 Bxe4 19.Txe4 Df6 20.Bg5 Df7 ½–½ Rogozenco, D (2541)-Valeanu ,E (2440) Eforie Nord 2008.

16...Bd4+ 17.Rh2 Bd7 As negras perderam sua última chance de jogar o libertador 17...f5. Mas ele não teria resolvido seus problemas se tivesse jogado esse lance temático também.

Por exemplo: 17...f5 18.Tae1 Te8 (depois de 18...fxe4 19.Cxe4 as negras não podem jogar 19...Cf5; ele está atrás em desenvolvimento e sua posição tem muitas fraquezas estratégicas) 19.exf5 Cxf5 (19...Bxf5 20.Bxg7 Bxg7 21.Bxf5 gxf5 22.Te6±) 20.Bg5 Dd7 21.Bxf5 gxf5 22.Txe8+ Dxe8 23.Te1 Dg6 24.Te7± Nas linhas acima, deve-se notar o importante papel de restrição do bispo de casas negras das brancas.

18.Ce2! Isso põe um fim à principal ideia das negras que é ...f5. A peça negra mais vital na Benoni, o bispo de casas negras fianquetado, passa a ser um problema, tendo apenas a casa f6 disponível. E até mesmo essa casa não é a mais segura. Muito provavelmente, Indjic não se sentiu confortável nesse momento, apesar que este era "o seu tipo de posição". Na verdade, falta espaço e sem o libertador ...f5 é muito difícil para as negras encontrarem uma resposta adequada.

18...Bf6 19.g4

Jogam as negras!
A inevitável avalanche de peões no centro e na ala do rei é apoiada por todas as peças brancas. Eu só posso imaginar o rosto sombrio e a cara de desaprovação do treinador de Indjic, o falecido GM Velimirovic, se ele estivesse por trás do seu talentoso aluno.

19...Db6 Um lance de curto prazo tentando manter o bispo na diagonal a1-h8, evitando também 19...Te8 20.g5 Be7±; ou 19…b5 20.e5 dxe5 21.g5 Be7 22.fxe5±

20.g5 Dxb2 21.Dxb2 Em vez de optar pela linha vantajosa e livre de riscos que é a troca de damas, talvez seja melhor continuar com 21.Bc2! Depois dos seguintes lances forçados 21...Dxa1 22.Txa1 Bxa1 23.Dd1 Bb2 24.Db1 Bd4 25.Db6± é difícil acreditar que as negras podem segurar essa posição.

21…Bxb2 22.Tab1 Ba3 Mal posicionar o bispo era inevitável. 23.Txb7 Tfd8 24.f5 As brancas continuam com o jogo energético. Mas abrir mão do controle da casa e5 é uma decisão responsável. 24.Cg3 era uma opção.

24...Bb4?! Desperdiçando um tempo precioso. As negras deveriam se livrar da torre em b7 o mais rápido possível. Ele perdeu a oportunidade de oferecer um sacrifício de peão. 24...Tab8! Com a ideia de reposicionar seu bispo para a excelente casa e5 no caso de 25.Bxa6 Bb2

25.Cf4 25.Cd4!? Também era bom. 25…Tab8

Jogam as brancas!
A linha 25…gxf5 26.Bxg7 Rxg7 27.Ce6+ fxe6 28.dxe6± é muito melhor para as brancas. 26.Ce6! Isso veio assim do nada - destruindo a barricada sacrificando o cavalo. As brancas querem destruir a defesa das negras com a força bruta da massa de seus peões avançados unidos. 26.Ta7 Ta8=

26...fxe6 O sacrifício deve ser aceito. Insatisfatório é 26…Txb7 27.Cxd8 Tb8 28.Cc6 Te8 29.f6 Bxc6 (29…Ch5 30.Ce7+ Rh8 31.Be2+–) 30.dxc6 Ce6 31.Bxa6±

27.Txb8 A linha de computador seguinte demonstra o quão complexa é a posição: 27.Txd7 Txd7 28.dxe6 c4 29.exd7 cxd3 30.f6 Cf5 31.exf5 Rf7 32.Tb1 d2 33.Txb4 d1D 34.Txb8 Dd2+=

27...Txb8 28.dxe6

Jogam as negras.
28...Bxa4?! É muito difícil criticar esse "lance humano", com a simples ideia de capturar o peão e jogar 29...Bb5 em seguida.

A defesa correta era 28...Bc6! criando a possibilidade de reagir com ...d5, neutralizando o efeito do matador Bc4 das brancas. Depois de 29.e7 (mais fraco seria 29.Bc4 gxf5 30.e7+ d5 31.exd5 Bd7 32.d6+ Rh8 33.Bxg7+ Rxg7) 29…gxf5 30.exf5 Bc3 (30…Be8 31.g6 hxg6 32.fxg6 Bc6 33.Bc4+ d5 34.Tf7 Bc3 35.Bxa6=) 31.Bc4+ d5 32.f6 Be5+ 33.Rg1 Bd4+ 34.Rh2 Be5+ As negras estão salvas pelo xeque perpétuo.

29.Bc4 Bb5? Outro lance cooperativo. A posição é difícil mas as negras poderiam ter tido chances práticas após 29...gxf5! 30.e7 d5 - A ideia é sacrificar ambos os peões a fim de controlar a diagonal a3-f8. 31.Bxd5+ Rh8 32.Txf5 (32.exf5 c4 33.f6 Ch5 34.Bxc4 também favorece as brancas) 32…c4 33.Tf7 Ch5

30.Bd5!

As brancas estão usando o poder de seus peões conectados.
Isso sela o destino das negras! As negras não foram bem sucedidas em trocar ou neutralizar a peça de ataque MAIS FORTE das brancas, o bispo de casas claras. Por outro lado, seus dois bispos estão excluídos do principal campo de batalha. E sobre a torre em f1?! Quem se importa com material quando se tem dois peões passados unidos na sexta fila apoiados pelo par de bispos! Não tem jeito das negras manterem sua posição.

30...gxf5 ou 30...Bxf1 31.e7+ Rh8 32.f6 Cf5 33.exf5+–

31.e7+ Rh8 32.Bxg7+ Uma outra espetacular linha vencedora era 32.exf5 Bxf1 33.f6 Cf5 34.Bg7+ Cxg7 35.f7+– 32...Rxg7 33.exf5 Be8 34.f6+ Rg6 35.f7 Bxf7 36.Bxf7+ Rxg5 37.e8D Txe8 38.Bxe8 c4 39.Bc6 c3 40.Be4 h5 41.Tf5+ Rh6 42.Rg3 a5 43.Tf7 Rg5 44.h4+ Rh6 45.Th7#

1-0

Esse é um exemplo quase perfeito de uma excelente preparação "humana". Para evitar tornar-se um alvo fácil dos "jogadores assassinos armados com um laptop", você deve estar disposto a jogar aberturas diferentes.

Mas cuidado! Evite o cenário em que, a fim de surpreender seu oponente, você se encontre em uma espécie de posição (território) desconhecida. Cada escolha sua deve estar baseada em preparação e conhecimento sólidos.

Se você fizer o contrário, pode acontecer que sua "arma surpresa" se volte contra você, com seu oponente sorrindo em cima dela. A abordagem de Krasenkow para o jogo merece a maior apreciação. Depois de lançar a novidade preparada, com um jogo enérgico ele arrematou esse belo jogo com um sacrifício surpreendente. A partida é instrutiva em vários aspectos.

Portanto, não subestime o poder de uma avalanche de peões - uma arma de ataque brutal e perigosa.

Vamos ver outro exemplo no qual o rolo compressor de peões dominou. As características comuns em todos os exemplos dados são jogos altamente imaginativos e corajosos.

Como regra: para ganhar uma massa de peões perigosa, é necessário sacrificar material,normalmente uma peça, ou fazer trocas.


Jogo 02
Bologan,Viktor (2687) – Mchedlishvili,Mikheil
EU-ch 13th Plovdiv (9), 29.03.2012

1.e4 c6 2.Cf3 d5 3.Cc3 Cf6 4.e5 Ce4 5.h3 e6 6.d4 c5 7.Bd3 Cxc3 8.bxc3 c4 9.Be2 Be7 10.h4 Cc6 11.h5 h6 12.g3 Da5 13.Dd2 Bd7 14.Ch4 0–0–0 15.a4 Tdg8 16.Bg4 Bg5 17.f4 Be7 18.Rf2 g5 19.hxg6 fxg6 20.Cf3 Dd8 21.De2 Df8 22.Rg2 Cd8 23.a5 Cf7 24.Tf1 Dg7 25.Cd2 h5 26.Bf3 g5 

Jogam as brancas
Momento crítico! A tensão do jogo atingiu seu clímax! As negras estão ameaçando abrir a posição do rei branco com um ataque irresistível. O TEMPO é um fator crucial e, para continuar no jogo, as brancas devem atacar PRIMEIRO.

27.Cxc4! g4? O erro decisivo! As negras subestimam o potencial de ataque das brancas. Por ser ganancioso, ele perdeu a noção do perigo. A posição requer abrir a ala do rei com 27...gxf4 28.Bxf4 Bg5

28.Bxd5! exd5

Jogam as brancas
29.Cb6+!! Com um duplo sacrifício de peças, as brancas abrem linhas em direção ao rei negro. Apesar dos recursos de ataque reduzidos, ele está desenvolvendo um ataque avassalador. Observe que a posição do rei dele é muito mais segura que há um par de jogadas atrás.

29...axb6 30.axb6 Rd8 As negras não podem salvar o jogo mesmo depois de 30...Rb8 31.e6; ou 30...Bd6 31.Ta8+ Bb8 32.f5! com a ideia de e6 e Bf4.

31.Ta8+ Bc8 32.Db5! Apesar de duas peças de desvantagem, as brancas estão completamente ganhas. A minoria das peças negras está no jogo, enquanto a maioria de sua peças estão longe do principal campo de batalha. Além disso, confrontado com essas ameaças diretas, as negras não possuem qualquer contra-jogo. 32…Cd6 33.Dxd5 Df7 34.Dc5! Bf8 35.f5!

Jogam as negras
Não há razão para se apressar com 35.exd6. As brancas querem o controle das casas claras também, e seus peões são simplesmente muito fortes.

35...Dd7 36.e6 Uma vitória mais interessante que a abordagem geométrica bastante simples de 36.exd6 Bxd6 37.Txc8+ Dxc8 38.Dxd6+ Dd7 39.Bg5+ Txg5 40.Df6+ +–

36…Dc6+ 37.Dxc6 bxc6 38.f6! Th7 39.f7 Tg6 40.Ba3 Txe6 41.Bxd6
1–0

Antes que você se sinta "sobrecarregado" com esse artigo, vamos dar uma parada agora. Veremos mais desses jogos sobre avalanches de peões na próxima parte.

LEMBRE-SE: apenas QUALIDADE conduz à melhoria - não só QUANTIDADE.

Forte abraço e até o próximo artigo!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Renan comenta: simulado Farias Brito - 1ª Edição

Opa! Renan aqui e hoje vamos dar uma olhada nas questões de Física do primeiro simulado do sistema Farias Brito, que por sinal organizou-o de forma bem elaborada.
Ah, quer dicas diárias lá no SnapChat? Adicona lá: renan1717
Bora pra action?

Simulado SFB - 1º Dia - Caderno  02  - Cor  Amarelo 


 Questão 49 


Com o mundo entrando cada vez mais na era "digital", tornou-se comum o uso de lousas digitais nas escolas, que tornam possível a interação do professor com o slide projetado pelo toque na lousa. É possível, também, alterar o slide anotando novas informações, apagando outras, selecionando figuras, entre outras ações. Uma sala de aula possui um projetor cinematográfico com uma lente convergente de distância focal 10 cm que projeta a imagem de um slide ampliado de 20 vezes numa lousa digital. Qual a distância aproximada que o projetor deve ficar da lousa para obter uma imagem nítida?
(A) 2,1 m
(B) 1,5 m
(C) 1,0 m
(D) 5,0 m
(E) 4,0 m

 Resolução 

Uma vez que a imagem é PROJETADA, ela obrigatoriamente precisa ser INVERTIDA. Como ele quer a distância do projetor até a imagem, na realidade queremos a distância da imagem até a lente, ou seja, p'.

Como não dispomos da distância do objeto até a lente (p), temos que usar alguns recursos:
De acordo com a convenção de sinais, toda imagem invertida possui aumento linear com sinal negativo. Se a imagem é ampliada 20 vezes, o aumento linear é -20.

A = -p'/p
-p'/p = - 20
Portanto, p = p'/20

Agora basta aplicarmos o que encontramos na Equação de Gauss:

1/f = 1/p + 1/p'
1/10 = 1/(p'/20) + 1/p'
1/10 = 21/p'
p' = 210 cm = 2,1 m

Resposta: A

 Questão 50 


Alessandro Volta foi o primeiro cientista a produzir um fluxo contínuo de corrente elétrica, por volta do ano 1800. Isso foi conseguido graças ao artefato que inventou, ao “empilhar” vários discos de cobre e zinco, separados por discos de papelão embebidos em água salgada. O artefato recebeu o nome de pilha voltaica.
A força eletromotriz ε e a resistência interna r de uma pilha podem ser determinadas, medindo-se, simultaneamente, a diferença de potencial entre seus terminais e a corrente através da pilha em duas situações distintas. Para fazer essas medidas, dispõe-se de dois resistores diferentes, R1 e R2, um voltímetro
V, um amperímetro A e uma chave S que pode fechar o circuito de duas maneiras distintas.

Assinale a opção que representa o circuito que permite realizar os dois conjuntos de medidas, alternando-se a posição da chave S entre os pontos designados por 1 e 2.

 Resolução 

A questão menciona uma maneira de calcular-se a força eletromotriz e a resistência interna r da pilha. Para isso, é preciso encontrar duas maneiras distintas para fazer tal medida. Por alternativa:

(A) é a única que nos satisfaz. Com a chave S ligada na posição 1, temos, pela equação do gerador:
ε = (r + R1 + R2)i. Com a chave ligada na posição 2, temos, pela equação do gerador: ε = (r +R1)i'. Resolvendo o sistema de variáveis ε e r, encontramos tais valores!
(B) Embora o amperímetro e o voltímetro estejam ligados corretamente, não pode ser essa pois em qualquer posição que a chave S esteja ligada ela vai mostrar a mesma medida, sem que seja possível determinar nossas duas variáveis.
(C) Amperímetro ligado incorretamente.
(D) Amperímetro mede a corrente total apenas na posição 2.
(E) Amperímetro mede a corrente total apenas na posição 1.

Resposta: A

 Questão 60 


Uma porção de gás ideal foi submetida a uma serie de testes, nos quais se variavam pressão, volume e temperatura. O responsável pelo registros dos experimentos desenhou o gráfico a seguir, representando a relação entre a pressão registrada e o volume observado. Os pontos M, N e R representam três estados dessa amostra de gás que será considerada ideal.
Qual a relação correta observada entre as temperaturas TM, Te TR dos respectivos estados M, N e R?

(A) TR < TM > TN
(B) TR > TM > TN
(C) TR = TM > TN
(D) TR < TM < TN
(E) TR = TM  < TN

 Resolução 

Para um gás ideal, o produto P×V é proporcional à temperatura. Portanto, basta fazer o produto P×V para obter as relações entre as respectivas temperaturas:

M → 6 × 0,1 = 0,6
N → 4 × 0,2 = 0,8
R → 6 × 0,1 = 0,6

Portanto, temos que TR = TM  < TN

Resposta: E

 Questão 61 


Em uma expedição profissional, um mergulhador precisa encher seu tanque de mergulho, cuja capacidade é de 1,42×10-2 m³, a uma pressão de 140 atm e sob temperatura constante.
Qual o volume ocupado por essa porção de ar, caso ele estivesse à pressão de 1 atm?
(A) 1/4
(B) 1/2
(C) 2
(D) 4
(E) 8

 Resolução 

Vamos usar a Equação Geral dos Gases Ideais. Uma vez que a transformação é isotérmica, temos que o produto pressão × volume inicial é igual ao produto P×V final:
P₀V₀ = PV
140 × 1,42 × 10-2 = 1 × V
V = 1,988 m³

A resposta mais próxima é 2, alternativa C.

 Questão 62 


Um garoto observa as formigas em seu jardim, utilizando uma lupa. Ele posiciona o dispositivo óptico bem perto dos insetos (entre a lente e o seu foco) e os vê de maneira nítida. O tipo de lente que utiliza em sua lupa pode ser classificado como

(A) convergente, formando uma imagem real, maior e direita.
(B) divergente, formando uma imagem virtual, menor e direita.
(C) convergente, formando uma imagem virtual, maior e direita.
(D) divergente, formando uma imagem real, maior e invertida.
(E) convergente, formando uma imagem real, menor e invertida.

 Resolução 

Para obter uma imagem direita e ampliada, é necessário usar uma lente convergente e posicionar o objeto (as formigas) entre a lente e seu foco:
A imagem formada será virtual, maior e direita.

Resposta: C

 Questão 70 


A figura 1, apresentada a seguir, representa a potência elétrica dissipada pelo filamento de tungstênio de uma lâmpada incandescente em função da sua resistência elétrica. Já a figura 2 apresenta a temperatura de operação do filamento em função de sua resistência elétrica. Se uma lâmpada em funcionamento dissipa 150 W de potência elétrica, a temperatura do filamento da lâmpada é mais próxima de:
Clique na imagem para ampliar

(A) 325 °C
(B) 1 250 °C
(C) 3 000 °C
(D) 3 750 °C
(E) 4 000 °C

 Resolução 

Basta ver na figura 1 que, ao dissipar 150 W, sua resistência é de 325 Ω. Agora basta olhar na figura 2 que a temperatura de uma lâmpada de 325 Ω é 3 000 ºC.

Resposta: C

 Questão 71 


O disjuntor é um dispositivo de proteção dos circuitos elétricos. Ele desliga automaticamente o circuito onde é empregado, quando a intensidade da corrente elétrica ultrapassa o limite especificado. Na cozinha de uma casa ligada à rede elétrica de 127 V, há três tomadas protegidas por um único
disjuntor de 25 A, conforme o circuito elétrico representado, de forma simplificada, no desenho abaixo.
A tabela a seguir mostra a tensão e a potência dos aparelhos eletrodomésticos, nas condições de
funcionamento normal, que serão utilizados nesta cozinha.
Cada tomada conectará somente um aparelho, dos cinco já citados acima. Considere que os fios condutores e as tomadas do circuito elétrico da cozinha são ideais.
O disjuntor de 25 A será desarmado, desligando o circuito, se forem ligados simultaneamente:
(A) forno de micro-ondas, lava-louça e geladeira.
(B) geladeira, lava-louça e liquidificador.
(C) geladeira, forno de micro-ondas e liquidificador.
(D) geladeira, cafeteira e liquidificador.
(E) forno de micro-ondas, cafeteira e liquidificador.

 Resolução 

A potência máxima suportada pode ser encontrada através do produto entre a tensão e a corrente máxima:
Pmax = U × imax
Pmax = 127 × 25
Pmax = 3 175 W

Basta somar as potências de acordo com a tabela e ver quem ultrapassa o valor limite encontrado acima. Observe que apenas o forno micro-ondas e a lava-louça já ultrapassam o valor de 3175 W.

Resposta: A

 Questão 75 


Uma régua de alumínio de 2 metros foi usada para medir o tempo de reação de um indivíduo. No procedimento, uma pessoa segura a régua em uma de suas extremidades mantendo-a na direção vertical, enquanto a pessoa testada posiciona em torno da régua seus dedos sem tocá-la, no nível da marca de 30 cm. A partir do instante em que a régua foi solta, ao perceber sua queda, o indivíduo reagiu levando 0,5s para segurá-la na marca de: (adote g = 10 m/s²)
(A) 100 cm
(B) 125 cm
(C) 95 cm
(D) 155 cm
(E) 130 cm

 Resolução 

A altura percorrida em uma queda livre pode ser encontrada através da seguinte fórmula:
H = (1/2)gt²
H = (1/2)×10×(0,5)²
H = 5 × 0,25
H = 1,25 m = 125 cm

Mas observe que a régua já estava posicionada na marca de 30 cm, de modo que deve-se adicionar esse valor ao resultado encontrado, resultando em 155 cm.

Resposta: D

 Questão 76 


Com a missão de melhorar a qualidade do áudio e diminuir os ruídos dos discos de vinil e fitas cassetes, os CDs foram uma revolução na mídia. A figura ilustra um desenho esquemático de um CD, com uma ampliação, mostrando parte da trilha em espiral, cuja largura é menor que 10 microns O equipamento que faz a leitura do disco consiste de uma fonte luminosa e um dispositivo óptico.

Como o feixe de luz deve ter seu diâmetro reduzido à largura de uma trilha no disco, pode-se dizer que o dispositivo óptico utilizado para reduzir o feixe pode ser
(A) um espelho convexo.
(B) uma lâmina de faces paralelas.
(C) uma lente divergente.
(D) um espelho plano.
(E) uma lente convergente.

 Resolução 

Pela figura, observa-se que ocorre refração dos raios luminosos, os quais convergem para um único ponto. Portanto, fica claro que o dispositivo é uma lente convergente.

Resposta: E

 Questão 77 


Em uma competição de Mountain Bike, um dos atletas compete com uma bicicleta equipada com amortecedor a gás. Após um salto em uma rampa, sua bike toca o solo fazendo com que o gás desse amortecedor sofra uma compressão bastante rápida, durante a qual não houve troca de calor do gás com a vizinhança. Considere o gás da bicicleta como um gás ideal.

As figuras a seguir ilustram esse processo:

Com relação ao estudo das transformações gasosas e a 1ª Lei da Termodinâmica , podemos afirmar que esse gás
(A) sofreu uma transformação isobárica, pois não houve troca de calor.
(B) recebeu trabalho de módulo igual ao aumento de sua energia interna.
(C) sofreu redução em sua temperatura ao ser comprimido.
(D) jamais teria sua temperatura aumentada, pois não houve troca de calor.
(E) sofreu uma transformação isocórica, pois sua temperatura permanece constante.

 Resolução 

A 1ª Lei da Termodinâmica diz que o calor (Q) é igual à soma da variação da energia interna (∆U) com o trabalho (W). Em outras palavras: ΔU = Q - W

Como não há troca de calor, temos que ΔU = -W. A situação descrita na equação é a mesma da figura, uma vez que o gás recebe trabalho (numa compressão, o trabalho é negativo). E esse trabalho tem módulo igual ao aumento do ∆U que é a variação da energia interna (positiva, o gás aumenta sua temperatura).

Resposta: B

 Questão 80 


Um balão-propaganda cheio de gás hélio, ao nível do mar, ocupa um volume de 250 L. Seu volume após lançamento, numa atitude de 3000 m será:
(observação: admitindo-se que a temperatura tenha se mantido constante)
(A) menor, pois a pressão externa aumenta com a altitude.
(B) maior, pois a pressão externa diminui com a altitude.
(C) permanecerá constante, pois a pressão não varia com a altitude.
(D) permanecerá constante, pois a temperatura se manteve constante.
(E) maior, pois a pressão externa aumenta com a altitude.

 Resolução 

Uma vez que a temperatura é constante, o produto P×V é proporcional nas duas etapas. Quando se eleva a altitude, a pressão atmosférica diminui. Se a pressão diminui, para manter o produto P×V constante, é necessário que o volume seja maior.

Resposta: B

 Questão 81 


Uma pessoa, ao terminar de coar o café, coloca-o dentro de uma garrafa térmica , e todo o sistema café e garrafa está em equilíbrio térmico a 70° C. A garrafa térmica está fechada e não está totalmente cheia; portanto, existe um volume de ar no interior da garrafa também a 70° C nesse instante. Considere o ambiente externo a uma temperatura constante e igual a 20° C, e que a garrafa térmica não é ideal, isto é, permite troca de calor entre seu interior e a vizinhança, mas não permite a entrada e nem a saída de ar. Depois de certo tempo, todo o sistema entra em equilíbrio térmico com o ambiente externo na temperatura de 20° C. Considere que a densidade do café não varie com a temperatura, e o volume de ar contido no interior da garrafa como um sistema termodinâmico e como um gás ideal. Assinale o diagrama que representa corretamente a transformação termodinâmica, ocorrida no ar enquanto atingia o equilíbrio térmico com a vizinhança, onde T é temperatura, V é volume e P é a pressão desse sistema.
 Resolução 

Perceba no enunciado que a garrafa permite troca de calor entre seu interior e a vizinhança, mas não permite a entrada e nem a saída de ar. Portanto, o seu volume é constante! Mesmo ocorrendo variação de temperatura, se o volume é constante, a razão P/T também será sempre constante. 

Resposta: D

 Questão 82 


O 2º princípio de Termodinâmica pode ser enunciado da seguinte forma: "É impossível construir uma máquina térmica operando em ciclos, cujo único efeito seja retirar calor de uma fonte e convertê-lo integralmente em trabalho."

Por extensão, esse princípio nos leva a concluir que
(A) sempre se pode construir máquinas térmicas cujo rendimento seja 100%.
(B) qualquer máquina térmica necessita apenas de uma fonte quente.
(C) calor e trabalho não são grandezas homogêneas.
(D) qualquer máquina térmica retira calor de uma fonte quente e rejeita parte desse calor para uma fonte fria.
(E) somente com uma fonte fria, mantida sempre a 0 °C, seria possível a uma certa máquina térmica converter integralmente calor em trabalho.

 Resolução 

A- Incorreta. Nenhuma máquina térmica pode atingir rendimento de 100%.
B- Incorreta. Máquinas térmicas necessitam de uma fonte quente e uma fonte fria.
C- Incorreta. Calor e trabalho são energia, portanto, semelhantes.
D- Correta. Veja a letra B.
E- Incorreta. Cuidado! O ideal seria uma temperatura de 0 K e não 0ºC. 0 K (kelvin) é o zero absoluto, e é inatingível. Por isso, nenhum rendimento é de 100%.

Resposta: D

 Questão 89 


O freio ABS  é um sistema de frenagem (travagem) que evita que a roda bloqueie (quando o pedal de freio é pisado fortemente) e entre em derrapagem, deixando o automóvel sem aderência à pista. Assim, evita-se o descontrole do veículo (permitindo que obstáculos sejam desviados enquanto se freia) e aproveita-se mais o atrito estático, que é maior que o atito cinético (de deslizamento). A derrapagem é uma das maiores causas ou agravantes de acidentes. Pneus desgastados ("carecas"), freios em péssimas condições e excesso de velocidade são fatores que contribuem para elevar o número de acidentes de trânsito.

Não havendo deslizamento, a distância percorrida pelo veículo até a parada completa é reduzida, pois a força de atrito aplicada pelo chão nas rodas é estática, e seu valor máximo é sempre maior que a força de atrito cinético. O coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista é μe = 0,8  o cinético vale μc = 0,6. Sendo g = 10 m/s² e a massa do carro m = 1200 kg, o módulo da força de atrito estático máxima e da força de atrito cinético são, respectivamente, iguais a

(A) 1200 N e 12000 N
(B) 12000 N e 120 N
(C) 20000 N e 15000 N
(D) 9600 N e 7200 N
(E) 10000 N e 2150 N

 Resolução 

Fate = μ× N
Fate = μ× m × g
Fate = 0,8 × 1200 × 10
Fate = 9 600 N

Fatc = μc × N
Fatc = μc × m × g
Fatc = 0,6 × 1200 × 10
Fatc = 7 200 N

Resposta: D

 Questão 90 


Estação Espacial Internacional (EEI), (em inglês: international Space Station) é um laboratório espacial completamente concluído, cuja montagem em órbita começou em 1998 e acabou oficialmente em 8 de Junho de 2011 na missão STS-135. A estação encontra-se em órbita baixa (entre 340 km e 353 km), que possibilita ser vista da Terra a olho nu, e viaja a uma velocidade média de 27.700 km/h, completando 15,77 órbitas por dia. Na figura a seguir, o sul-africano Mark Shuttleworth, que entrou para história como o segundo turista espacial, depois do empresário norte-americano Dennis Tito, "flutua" a bordo desta estação.
Sobre Mark, é correto afirmar que
(A) tem a mesma aceleração da Estação Espacial Internacional.
(B) não tem peso nessa órbita.
(C) tem o poder da levitação.
(D) permanece flutuando devido à inércia.
(E) tem velocidade menor que a da Estação Espacial Internacional.

 Resolução 

Antes de prosseguir, se você marcou letra C, por favor, procure tratamento heheh. Uma vez que Mark está dentro da Estação, ele possui a mesma aceleração que ela. Cuidado, pois ele tem peso sim. Lembre-se que o peso atua como contribuinte da resultante centrípeta!

Resposta: A

E aí, gostou? Comenta aqui embaixo!! #BoraPraAction
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