Os bilhões de Arsène Lupin
Autor: Maurice Leblanc
Edição: Principis
Nota: 3,0/5
♦ Do que o livro se trata?
O livro relata como o caminho de Patricia, uma jovem repórter americana, se cruzou com o de Arsène Lupin, o famoso cavalheiro-furtador. Enquanto Patricia investigava um misterioso encontro no qual seu chefe (e prometido marido) é assassinado, tendo sua pasta roubada. Uma série de incidentes levam a bela Patricia a despertar paixões e se envolver com as mais terríveis pessoas. Pelo caminho, um gentil benfeitor, Horace Velmont, oferece-lhe ajuda, indicando quem teria cometido tal crime: a Máfia está por trás de tudo, e eles querem se apoderar de todo o dinheiro de Arsène Lupin; Horace também lhe oferece proteção e, além disso, todo seu amor. Mas quem é Horace Velmont, que tanto sabe sobre tudo? Ora, só uma pessoa teria tantas informações... Assim a história se desenrola em “Os bilhões de Arsêne Lupin”.
♦ Minhas impressões/pensamentos sobre o livro
O livro é legal, uma leitura leve e sempre agradável, como os outros do mesmo autor. Contudo, este não cumpriu com as expectativas que livros anteriores sobre o cavalheiro-ladrão criam no leitor. Quem leu “O ladrão de casaca” ou “Contra Herlock Sholmes” vai se desapontar ao encontrar um Lupin que aparece de fato quase no fim da história, e, ainda assim, não nos surpreende com suas fugas mirabolantes, com seus planos cuidadosamente arquitetados; não, vemos um Lupin aparentemente cansado, querendo apenas descansar com os frutos de seu “trabalho” e, além disso, apaixonado. Claro, o leitor acostumado sabe que Lupin é muito galanteador, de modo que esta é sua marca; Lupin, “o último dos miseráveis, o mais perigoso, porque o mais simpático dos malfeitores”; mas nesse livro isso desaparece, dando lugar a um Lupin que não passa de um homem que reage; pode-se dizer que ele é quase coadjuvante neste livro, de modo que a jovem Patricia rouba toda a cena.
Além disso, devo destacar que há coisas um tanto absurdas no livro, que, embora eu tente não prestar tanta atenção nisso, não é possível fechar os olhos para elas. Por exemplo, o fato de uma tigresa que escapou por acidente ser domesticada pela jovem Patricia, protegendo-a e até mesmo ajudando Lupin a escapar. Há algo que mais desafie a realidade? Nem todas as miraculosas fugas de Lupin chegam perto de tal fantasia.
Quanto à edição da Editora Principis:
Excelente. Ótimo custo-benefício. Nesta quase não encontrei erros de revisão; nada fora do normal que valha a pena ser mencionado. A edição segue o padrão dos outros livros do mesmo autor. Recomendo demais!
♦ Quem deveria lê-lo?
Creio que é uma leitura válida para todos os fãs de Arsène Lupin.
♦ Top citações
- “Há situações na vida que só enxergamos claramente quando fechamos os olhos.” (p. 34)
- “Lupin, o último dos miseráveis, o mais perigoso, porque o mais simpático dos malfeitores, o mais hábil, o mais capaz e o mais rico” — fala do jovem líder da organização criminosa que queria se apropriar do tesouro de Lupin (p. 127).
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Qual a palavra mágica que faz Arsne Lupin aparecer e desaparecer? Patricia, uma jovem americana assistente de James Mac Allermy, é muito querida por seu chefe, fundador do jornal Allo-Police, que vê um futuro profissional brilhante para sua preciosa colaboradora. Mas a morte de James vai dar uma guinada na vida de Patricia, deixando muitas perguntas no ar. Por quê, depois de um misterioso encontro, Mac Allermy é assassinado? O que havia na pasta de couro que foi roubada dele? Quem atacou Patricia? Quem deu a ela um apito de prata? Assassinato, dinheiro, romance, fuga e muitas perguntas, que só uma pessoa é capaz de responder: Arsène Lupin!
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