segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Um Ímã de Coisas Boas


Quando alguém aprende a ser positivo, tudo ao seu redor começa a melhorar. Eis um fato: se você não é positivo, você está do lado negativo da força. É assim que funciona, se você não está indo por um caminho, está indo pelo outro. Mas o que é ser positivo?

Positividade é um estado em que você se sente bem, que você tem dentro de si uma vontade de melhorar, de fazer bem o seu trabalho, de continuar crescendo. Um estado em que você não só acredita que as situações ao seu redor podem melhorar, mas que de fato irão, e que você contribui para isto.

Ser positivo não é um acidente. É um hábito. E se é um hábito, significa que qualquer pessoa pode formá-lo. Claro, existem fatores que não controlamos até certo ponto, como nosso ambiente familiar, por exemplo. Hábitos são passados de geração em geração, e não é diferente com a negatividade.

Contudo, depois de um tempo, você adquire maturidade e tem a opção de focar em coisas boas: é aí que surge a positividade. Você deve decidir que aquele será seu estado mental a partir de agora. Ponha frases pela casa, anote em seu caderno, mas esteja se policiando para que a negatividade não lhe tome por muito tempo. Claro que uma vez ou outra isso vai acontecer, mas com o tempo será cada vez mais raro.

Muitos não acreditam, mas é verdade que há algo bom em tudo que acontece. Todos podem apontar o que há de errado, mas com treino e um bom olhar, você pode encontrar coisas boas onde menos espera.

Quando você é positivo, você atrai toda sorte de coisas boas para si e para os que estão ao seu redor, como um verdadeiro ímã do bem! É uma escolha, e uma escolha que depende de você.
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Renan Monteiro é estudante de Engenharia Civil, YouTuber, amante do crescimento, professor em tempo parcial e aprendiz em tempo integral.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Renan Comenta: Enem 2018 — Física (Parte 2)

Questão  118   110   112   108 

Ao pesquisar um resistor feito de um novo tipo de material, um cientista observou o comportamento mostrado no gráfico tensão versus corrente.
Após a análise do gráfico, ele concluiu que a tensão em função da corrente é dada pela equação $V = 10i + i^2$.
O gráfico da resistência elétrica (R) do resistor em função da corrente (i) é
Comentário
A tensão $V$ em um dado resistor que pode ser ôhmico ou não, é dada por $V(i) = R(i) \cdot i$. Logo, basta dividirmos a expressão de $V$ por $i$ para acharmos a resistência em função da corrente.
Portanto, $R(i) = 10 + i$.
O gráfico de R por i é uma reta que "inicia" no ponto (0; 10).

Resposta: $\fbox{D}$

Questão  123   117   107   103 

O sonorizador é um dispositivo físico implantado sobre a superfície de uma rodovia de modo que provoque uma trepidação e ruído quando da passagem de um veículo sobre ele, alertando para uma situação atípica à frente, como obras, pedágios ou travessia de pedestres. Ao passar sobre os sinalizadores, a suspensão do veículo sofre vibrações que produzem ondas sonoras, resultando em um barulho peculiar. Considere um veículo que passe com velocidade constante igual a 108 km/h sobre um sonorizador cujas faixas são separadas por uma distância de 8 cm.

A frequência de vibração do automóvel percebida pelo condutor durante a passagem nesse sonorizador é mais próxima de
(A) 8,6 hertz.
(B) 13,5 hertz.
(C) 375 hertz.
(D) 1 350 hertz.
(E) 4 860 hertz.

Comentário
O comprimento de onda de cada vibração é 8 cm = 0,08 m.
A velocidade da onda é a mesma do carro, isto é, 108 km/h = 30 m/s.
A velocidade é dada por $V = \lambda f$.
Logo, $f$ = 30/0,08 = 375 Hz.

Resposta: $\fbox{C}$

Questão  124   118   108   104 

As pessoas que utilizam objetos cujo princípio de funcionamento é o mesmo do das alavancas aplicam uma força, chamada de força potente, em um dado ponto da barra, para superar ou equilibrar uma segunda força, chamada de resistente, em outro ponto da barra. Por causa das diferentes distâncias entre os pontos de aplicação das forças, potente e resistente, os seus efeitos também são diferentes. A figura mostra alguns exemplos desses objetos.
Em qual dos objetos a força potente é maior que a força resistente?
(A) Pinça.
(B) Alicate.
(C) Quebra-nozes.
(D) Carrinho de mão.
(E) Abridor de garrafa.

Comentário
Para mim, uma das questões mais complicadas, pois exige do aluno uma capacidade de raciocínio absurda e um bom conhecimento da teoria de torque. Não precisa saber muito, mas precisa-se aplicar bem um conhecimento bem básico.

Em outras palavras, a força potente é a que a pessoa faz para cada objeto funcionar. Já a força resistente surge como "reação" provocada pelo objeto em que o instrumento faz a força. Por exemplo, no quebra-nozes, a força resistente é a força que a noz faz no instrumento. Para o carro de mão, é a força que o material transportado provoca no carro.

Sabendo disso, observe as figuras. Em quatro instrumentos, a força potente é menor que a resistente, e isto se observa no carro de mão, no alicate, no abridor de garrafas e no quebra-nozes. Isto pode ser garantido pelo equilíbrio de momentos em torno de um ponto fixo, denotado pela letra P. As forças FP e FR indicam as forças potente e resistente, respectivamente.
Clique para Ampliar
Em todos os casos, a distância da força potente ao ponto de rotação P é maior do que a distância da força resistente.
Se M = F.d, temos FP.D = FR.d, e portanto, FP < FR.

Isso é bom, pois os instrumentos são usados para facilitar a nossa vida, fazendo com que a força que precisamos fazer para abrir uma garrafa, por exemplo, seja bem menor do que o necessário.
Contudo, isso não ocorre na pinça.
Nesse caso, a distância da força resistente ao ponto de rotação P é maior, sendo necessária uma força FP maior que FR para dar equilíbrio.
Resposta: $\fbox{A}$

Questão  127   92   132   97 

A tecnologia de comunicação da etiqueta RFID (chamada de etiqueta inteligente) é usada há anos para rastrear gado, vagões de trem, bagagem aérea e carros nos pedágios. Um modelo mais barato dessas etiquetas pode funcionar sem baterias e é constituído por três componentes: um microprocessador de silício; uma bobina de metal, feita de cobre ou de alumínio, que é enrolada em um padrão circular; e um encapsulador, que é um material de vidro ou polímero envolvendo o microprocessador e a bobina. Na presença de um campo de radiofrequência gerado pelo leitor, a etiqueta transmite sinais. A distância de leitura é determinada pelo tamanho da bobina e pela potência da onda de rádio emitida pelo leitor.

A etiqueta funciona sem pilhas porque o campo
(A) elétrico da onda de rádio agita elétrons da bobina.
(B) elétrico da onda de rádio cria uma tensão na bobina.
(C) magnético da onda de rádio induz corrente na bobina.
(D) magnético da onda de rádio aquece os fios da bobina.
(E) magnético da onda de rádio diminui a ressonância no interior da bobina.

Comentário
Esta é uma questão teórica e não tem muito para onde correr. O aluno precisa lembrar que a variação de um campo magnético no interior de uma bobina induz corrente elétrica nela.
Resposta: $\fbox{C}$

Questão  132   100   130   92 

O carro flex é uma realidade no Brasil. Estes veículos estão equipados com motor que tem a capacidade de funcionar com mais de um tipo de combustível. No entanto, as pessoas que têm esse tipo de veículo, na hora do abastecimento, têm sempre a dúvida: álcool ou gasolina? Para avaliar o consumo desses combustíveis, realizou-se um percurso com um veículo flex, consumindo 40 litros de gasolina e no percurso de volta utilizou-se etanol. Foi considerado o mesmo consumo de energia tanto no percurso de ida quanto no de volta.
O quadro resume alguns dados aproximados sobre esses combustíveis.

Combustível Densidade (g mL-1) Calor de combustão (kcal g-1)
Etanol 0,8 -6
Gasolina 0,7 -10

O volume de etanol combustível, em litro, consumido no percurso de volta é mais próximo de
(A) 27.
(B) 32.
(C) 37.
(D) 58.
(E) 67.

Comentário
Muitos comentários de que essa foi uma questão difícil, porém, acredito que só pela quantidade de contas para fazer. A dificuldade talvez seja matemática.
É possível não se preocupar tanto com rigor de teoria.
Calculemos quanto foi o gasto "E" de energia na ida.
A quantidade de etanol consumida é obtida fazendo o caminho inverso.
Resposta: $\fbox{D}$

Questão  133   96   91   129 

Muitos primatas, incluindo nós humanos, possuem visão tricromática: têm três pigmentos visuais na retina sensíveis à luz de uma determinada faixa de comprimentos de onda. Informalmente, embora os pigmentos em si não possuam cor, estes são conhecidos como pigmentos "azul", "verde" e "vermelho" e estão associados à cor que causa grande excitação (ativação). A sensação que temos ao observar um objeto colorido decorre da ativação relativa dos três pigmentos. Ou seja, se estimulássemos a retina com uma luz na faixa de 530 nm (retângulo I no gráfico), não excitaríamos o pigmento "azul", o pigmento “verde” seria ativado ao máximo e o “vermelho” seria ativado em aproximadamente 75% e isso nos daria a sensação de ver uma cor amarelada. Já uma luz na faixa de comprimento de onda de 600 nm (retângulo II) estimularia o pigmento “verde” um pouco e o “vermelho” em cerca de 75%, e isso nos daria a sensação de ver laranja-avermelhado. No entanto, há características genéticas presentes em alguns indivíduos, conhecidas coletivamente como Daltonismo, em que um ou mais pigmentos não funcionam perfeitamente.
Caso estimulássemos a retina de um indivíduo com essa característica, que não possuísse o pigmento conhecido como “verde”, com as luzes de 530 nm e 600 nm na mesma intensidade luminosa, esse indivíduo seria incapaz de

(A) identificar o comprimento de onda do amarelo, uma vez que não possui o pigmento "verde".
(B) ver o estímulo de comprimento de onda laranja, pois não haveria estimulação de um pigmento visual.
(C) detectar ambos os comprimentos de onda, uma vez que a estimulação dos pigmentos estaria prejudicada.
(D) visualizar o estímulo do comprimento de onda roxo, já que este se encontra na outra ponta do espectro.
(E) distinguir os dois comprimentos de onda, pois ambos estimulam o pigmento vermelho” na mesma intensidade.

Comentário
O texto menciona que em ambas o vermelho seria ativado em 75%. Logo, a intensidade seria a mesma, não sendo possível diferenciar apenas pelo verde.
Resposta: $\fbox{E}$

Questão  135   98   93   131 

Um projetista deseja construir um brinquedo que lance um pequeno cubo ao longo de um trilho horizontal, e o dispositivo precisa oferecer a opção de mudar a velocidade de lançamento. Para isso, ele utiliza uma mola e um trilho onde o atrito pode ser desprezado, conforme a figura.
Para que a velocidade de lançamento do cubo seja aumentada quatro vezes, o projetista deve
(A) manter a mesma mola e aumentar duas vezes a sua deformação.
(B) manter a mesma mola e aumentar quatro vezes a sua deformação.
(C) manter a mesma mola e aumentar dezesseis vezes a sua deformação.
(D) trocar a mola por outra de constante elástica duas vezes maior e manter a deformação.
(E) trocar a mola por outra de constante elástica quatro vezes maior e manter a deformação.

Comentário
Se o atrito pode ser desprezado, ocorre a conservação da energia mecânica.
A energia potencial elástica é convertida em energia cinética:

Logo, ao aumentar a deformação $x$ da mola em 4 vezes, a velocidade $v$ também é aumentada em 4 vezes.
Resposta: $\fbox{B}$

 Impressões sobre a prova 
Prova tranquila em sua maior parte. Para mim, não houveram questões polêmicas com relação ao nível de dificuldade, como foi observado em outras disciplinas. Uma que deu polêmica foi o do barquinho com o ventilador acoplado, pois alguns livros fala uma coisa, que levou alguns alunos a pensar que o carrinho não se moveria, mas a experiência prática demonstra que ele se move como o observado.
A questão do carro flex também foi polêmica com relação à quantidade de tempo que levaria para fazer as contas. Mas, para mim, uma das mais elaboradas foi a da pinça, que realmente exigia um raciocínio bem fundamentado na teoria de torque e equilíbrio.
Essas foram as três mais difíceis na minha opinião.

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Confira a parte 1 dos comentários clicando aqui.

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Renan

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Renan Comenta: Enem 2018 — Física (Parte 1)

Questão  93   103   98   134 

Talvez você já tenha bebido suco usando dois canudinhos iguais. Entretanto, pode-se verificar que, se colocar um canudo imerso no suco e outro do lado de fora do líquido, fazendo a sucção simultaneamente em ambos, você terá dificuldade em bebê-lo.
Essa dificuldade ocorre porque o(a)

(A) força necessária para a sucção do ar e do suco simultaneamente dobra de valor.
(B) densidade do ar é menor que a do suco, portanto, o volume de ar aspirado é muito  maior que o volume de suco.
(C) velocidade com que o suco sobe deve ser constante nos dois canudos, o que é impossível com um dos canudos de fora.
(D) peso da coluna de suco é consideravelmente maior que o peso da coluna de ar, o que dificulta a sucção do líquido.
(E) pressão no interior da boca assume praticamente o mesmo valor daquela que atua sobre o suco.

Comentário
O canudo só funciona corretamente se houver diferença de pressão entre a coluna de ar sobre o líquido (pressão atmosférica) e o interior da boca. Nós conseguimos criar um "vácuo" no interior da boca e o líquido flui em direção a ela, devido à queda de pressão.
Com um canudo extra apontando para fora do líquido, a pressão no interior da boca torna-se praticamente igual à pressão na outra extremidade do canudo, a pressão atmosférica. Sem quase haver diferença de pressão, a subida do líquido é dificultada.
Resposta: $\fbox{E}$

Questão  96   133   126   122 

Visando a melhoria estética de um veículo, o vendedor de uma loja sugere ao consumidor que ele troque as rodas de seu automóvel de aro 15 polegadas para aro 17 polegadas, o que corresponde a um diâmetro maior do conjunto roda e pneu.
Duas consequências provocadas por essa troca de aro são:

(A) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais instável e aumentar a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro.
(B) Abaixar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais instável e diminuir a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro.
(C) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais estável e aumentar a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro.
(D) Abaixar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais estável e diminuir a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro.
(E) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o mais estável e diminuir a velocidade do automóvel em relação à indicada no velocímetro.

Comentário
Aumentar o diâmetro do conjunto roda-pneu aumenta a coordenada y do centro de massa. Isso deixa o carro mais instável, pois quanto maior a distância, maior o "braço de alavanca" em curvas, por exemplo. Lembre-se daqueles carros-monstro em filmes, que são enormes, e tombam sempre.
A velocidade do velocímetro depende apenas da frequência de giro do pneu. Essa frequência f não foi alterada. Logo, a velocidade do painel fica a mesma. Contudo, na roda, a velocidade é dada por
$v = 2\pi Rf = \pi Df$
Aumentando o diâmetro, aumenta-se a velocidade linear do pneu.
Resposta: $\fbox{A}$

Questão  100   131   95   128 

Em desenhos animados é comum vermos a personagem tentando impulsionar um barco soprando ar contra  a vela para compensar a falta de vento. Algumas vezes usam o próprio fôlego, foles ou ventiladores. Estudantes de um laboratório didático resolveram investigar essa possibilidade. Para isso, usaram dois pequenos carros de plástico, A e B, instalaram sobre estes pequenas ventoinhas e fixaram verticalmente uma cartolina de curvatura parabólica para desempenhar uma função análoga à vela de um barco. No carro B inverteu-se o sentido da ventoinha e manteve-se a vela, a fim de manter as características físicas do barco, massa e formato da cartolina. As figuras representam os carros produzidos. A montagem do carro A busca simular a situação dos desenhos animados, pois a ventoinha está direcionada para a vela.
Com os carros orientados de acordo com as figuras, os estudantes ligaram as ventoinhas, aguardaram o fluxo de ar ficar permanente e determinaram os módulos das velocidades médias dos carros A (VA) e B (VB) para o mesmo intervalo de tempo.
A respeito das intensidades das velocidades médias e do sentido de movimento do carro A, os estudantes observaram que:
(A) VA = 0; VB > 0; o carro A não se move.
(B) 0 < VA < VB; o carro A se move para a direita.
(C) 0 < VA < VB; o carro A se move para a esquerda.
(D) 0 < VB < VA; o carro A se move para a direita.
(E) 0 < VB < VA; o carro A se move para a esquerda.

Comentário
Ambos os carros se movem para a direita, devido ao princípio de ação e reação, só que agora em um fluído (o ar). Observe as ilustrações.
Para o carro A
Em vermelho: o vento é lançado nessa direção pela ventoinha.
Em azul: o vento é refletido nessa direção. O carro "joga o ar" para a esquerda.
Em laranja: por ação e reação, o ar joga o carro para a direita.
Para o carro B
Em vermelho: o vento é lançado nessa direção pela ventoinha. O carro joga o ar para a esquerda.
Em laranja: por ação e reação, o ar joga o carro para a direita.

Resta saber qual velocidade é maior.
VA é menor que VB pois, ao refletir na vela, ocorrem perdas de ar, uma parte dele é refletido na vertical, por exemplo.
Resposta: $\fbox{B}$

Questão  102   106   116   112 

Muitos smartphones e tablets não precisam mais de teclas, uma vez que todos os comandos podem ser dados ao se pressionar a própria tela. Inicialmente essa tecnologia foi proporcionada por meio das telas resistivas, formadas basicamente por duas camadas de material condutor transparente que não se encostam até que alguém as pressione, modificando a resistência total do circuito de acordo com o ponto onde ocorre o toque. A imagem é uma simplificação do circuito formado pelas placas, em que A e B representam pontos onde o circuito deve ser fechado por meio do toque.
Qual é a resistência equivalente no circuito provocada por um toque que fecha o circuito no ponto A?
(A) 1,3 kΩ
(B) 4,0 kΩ
(C) 6,0 kΩ
(D) 6,7 kΩ
(E) 12,0 kΩ

Comentário
Ao fechar o circuito em A, perceba que fica um resistor em série com dois resistores em paralelo.
A resistência equivalente dos dois em paralelo é 4/2 = 2 kΩ.
A resistência equivalente total é Req = 4 + 2 = 6,0 kΩ.
Resposta: $\fbox{C}$

Questão  105   109   119   115 

Alguns peixes, como o poraquê, a enguia-elétrica da Amazônia, podem produzir uma corrente elétrica quando se encontram em perigo. Um poraquê de 1 metro de comprimento, em perigo, produz uma corrente em torno de 2 ampères e uma voltagem de 600 volts.
O quadro apresenta a potência aproximada de equipamentos elétricos.

Equipamento elétrico Potência aproximada (watt)
Exaustor $150$
Computador $300$
Aspirador de pó $600$
Churrasqueira elétrica $1200$
Secadora de roupas $3600$

O equipamento elétrico que tem potência similar àquela produzida por esse peixe em perigo é o(a)
(A) exaustor.
(B) computador.
(C) aspirador de pó.
(D) churrasqueira elétrica.
(E) secadora de roupas.

Comentário
Questão fácil. A potência é produto da voltagem pela corrente.
P = Ui = 600 V × 2 A = 1200 W. Corresponde à churrasqueira elétrica.
Resposta: $\fbox{D}$

Questão  106   128   123   125 

A figura representa um prisma óptico, constituído de um material transparente, cujo índice de refração é crescente com a frequência da luz que sobre ele incide. Um feixe luminoso, composto por luzes vermelha, azul e verde, incide na face A, emerge na face B e, após ser refletido por um espelho, incide num filme para fotografia colorida, revelando três pontos.
Observando os pontos luminosos revelados no filme, de baixo para cima, constatam-se as seguintes cores:
(A) Vermelha, verde, azul.
(B) Verde, vermelha, azul.
(C) Azul, verde, vermelha.
(D) Verde, azul, vermelha.
(E) Azul, vermelha, verde.

Comentário
Cuidado, o primeiro gráfico mostra as cores em ordem crescente de comprimento de onda, logo, como v = λf, o gráfico está em ordem decrescente de frequência.
Sofre maior desvio a luz de maior frequência, logo, o maior desvio é da azul, o segundo maior da verde e o menor, da vermelha. Observe a ilustração.
Resposta: $\fbox{A}$

Questão  112   124   122   120 

Nos manuais de instalação de equipamentos de som há o alerta aos usuários para que observem a correta polaridade dos fios ao realizarem as conexões das caixas de som. As figuras ilustram o esquema de conexão das caixas de som de um equipamento de som mono, no qual os alto-falantes emitem as mesmas ondas. No primeiro caso, a ligação obedece às especificações do fabricante e no segundo mostra uma ligação na qual a polaridade está invertida.
O que ocorre com os alto-falantes E e D se forem conectados de acordo com o segundo esquema?

(A) O alto-falante E funciona normalmente e o D entra em curto-circuito e não emite som.
(B) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências ligeiramente diferentes do alto-falante D provocando o fenômeno de batimento.
(C) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências e fases diferentes do alto-falante D provocando o fenômeno conhecido como ruído.
(D) O alto-falante E  emite ondas sonoras que apresentam um lapso de tempo em relação às emitidas pelo alto-falante D provocando o fenômeno de reverberação.
(E) O alto-falante E emite ondas sonoras em oposição de fase às emitidas pelo alto-falante D provocando o fenômeno de interferência destrutiva nos pontos equidistantes aos alto-falantes.

Comentário
Questão de Fenômenos Ondulatórios: Interferência. Inverter a polaridade provoca inversão de fase sem alterar a frequência das ondas emitidas. Em pontos equidistantes aos alto-falantes, isto é, a diferença de caminho ∆x = 0, tem-se:
$$\Delta x=n\cdot \frac{\lambda }{2} \Leftrightarrow 0 = n \frac{\lambda }{2} \Leftrightarrow n=0$$
Para n par, a interferência com ondas em oposição de fase é destrutiva.
Resposta: $\fbox{E}$

Questão  115   127   102   95 

Usando um densímetro cuja menor divisão da escala, isto é,  a diferença entre duas marcações consecutivas, é de 5,0 × 10-2 g cm-3, um estudante realizou um teste de densidade: colocou este instrumento na água pura e observou que ele atingiu o repouso na posição mostrada.
Em dois outros recipientes A e B contendo 2 litros de água pura, em cada um, ele adicionou 100 g e 200 g de NaCl, respectivamente.
Quando o cloreto de sódio é adicionado à água pura ocorre sua dissociação formando os íons Na+ e Cl-. Considere que esses íons ocupam os espaços intermoleculares na solução.
Nestes recipientes, a posição de equilíbrio está representada em:
Comentário
Preenchendo-se os espaços intermoleculares, a densidade da solução aumenta, provocando a elevação do densímetro, que passa a ser menos denso que a solução.
Para cada 100g de sal em 2000 mL de água = variação de 0,05 g/cm³ = uma unidade do densímetro.
Logo, para a situação A, o densímetro sobe 1 unidade e, para a situação B, ele sobe 2 unidades.
Resposta: $\fbox{D}$

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Este é o fim da parte 1. Você pode conferir a parte 2 clicando aqui

Obrigado por estudar conosco. Desejamos sucesso!

Renan

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Um Hábito Que Vai Mudar a Sua Vida

Ray Stanford uma vez disse algo crítico e fundamental: “você precisa de apenas uma qualidade para ser bem sucedido. Você deve ter disciplina.”


Nós podemos até saber disso, mas nos recusamos a ter disciplina. Pensamos que disciplina significa punição, sofrimento, dor. Entretanto, disciplina é nada mais do que a capacidade de dar uma ordem a si mesmo e então segui-la. Você nunca conseguirá desenvolver nada se não for uma pessoa disciplinada.

Isso é bem básico, bem simples, mas muita gente não entende direito. Todas as pessoas de sucesso desenvolveram essa habilidade de autodisciplina. Entretanto, muita gente ainda acredita que essas pessoas bem-sucedidas sempre gostaram de fazer o que fazem. Que sempre fizeram tudo com um belo sorriso no rosto. Que o sucesso veio enquanto elas sorriam. Isso é um completo equívoco. Elas provavelmente tiveram (e ainda têm) de lutar contra o sono todos os dias, porque sabem que precisam estar de pé cedo. Grandes coisas não vão acontecer sozinhas. Elas sabem que não vão alcançar o que querem apenas assistindo TV, mas sim abrindo mão disso para estudar e investirem tempo melhorando a si próprios.

E por que eles fazem coisas que não gostam? Porque ele sabem que é o preço que têm de pagar pelo sucesso. Um dia eles decidiram que alcançariam aquele objetivo, e então decidiram que fariam o possível por aquilo. Eles não se importam se as pessoas ao redor estão no mesmo ritmo, se têm apoio ou não. Simplesmente fazem o que têm de fazer.

Mas claro, não nascemos disciplinados. É algo que você precisa desenvolver. E isso requer bastante prática. Quanto mais você o fizer, melhor ficará nisso. Eis algumas dicas para começar:
1. Defina o que você quer para sua vida. Então, tome a decisão de perseguir seu objetivo, e fazer o melhor por ele, todos os dias.
2. Planeje o dia seguinte antes de dormir. Estabeleça suas prioridades para o dia seguinte, e comece por elas. Faça o mais difícil primeiro.
3. Veja a si mesmo já como uma pessoa bem-sucedida no que faz. Antecipe essa visão. Então, basta deixá-la tornar-se realidade a cada dia.

Não vai ser nada fácil no início, mas você ficará cada vez mais forte à medida que tomar mais decisões, e será capaz de fazer coisas difíceis, as quais não conseguia antes.

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Renan Monteiro é estudante de Engenharia Civil, YouTuber, amante do crescimento, professor em tempo parcial e aprendiz em tempo integral.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Você é criativo e não te contaram!

 

Todos nós já ficamos maravilhados com algum invento. Nos perguntamos como alguém, algum dia, pensou em criar aquele objeto, ou como conseguiu ter aquela ideia que encaixou tão bem com a necessidade das pessoas. Ficamos impressionados com personagens como MacGyver ou Inspetor Bugiganga, que conseguem inventar dispositivos magníficos, mirabolantes e, acima de tudo, improváveis. Como alguém pensaria nisso? Ou ainda, ficamos boquiabertos com quadros e esculturas de artistas. Como Picasso conseguia ser criativo daquela forma? Como Salvador Dalí conseguia ter ideias fabulosas?

À medida que crescemos, temos a ideia de que pessoas criativas são aquelas que criam algo do zero. E essa ideia é incorreta. As coisas que denominamos “inventos” têm seu nome errado também, pois sugerem que foram inventados a partir do nada. Contudo, se você olhar mais de perto, perceberá que as coisas que conhecemos hoje são a combinação de outras coisas já existentes. E além disso, essas “novas coisas” tiveram de ter um propósito para ser “criada”. Alguém tinha um problema e precisava resolver. E por problema, leia-se qualquer coisa que requer uma solução.

Tente imaginar quantas coisas ao seu redor surgiram da combinação de outras. É um exercício muito divertido e que estimula muito a criatividade e o raciocínio do fim para o início. Por exemplo, pode-se dizer que a lâmpada é combinação da vela com a eletricidade. A antiga prensa tipográfica de Gutemberg foi a combinação da prensa de fazer vinhos com a cunhadora de moedas. Dê asas à sua imaginação e comece a pensar em vários outros exemplos de objetos do cotidiano. Em breve você estará viciado nesse exercício aparentemente bobo.

Outro ponto, porém não menos importante: a maioria dos produtos “criados” são para resolver algum problema específico. Nos casos citados anteriormente, foi necessário um desconforto para estimular alguém a combinar duas ou mais coisas já existentes, ou duas ou mais ideias, e delas ter algo aparentemente novo que o resolvesse.

Percebeu a repetição da palavra “combinação”? Não é por acaso. Podemos definir criatividade de forma bem simples: a capacidade de combinar duas ou mais coisas/ideias para resolver um determinado problema. A palavra criatividade cria um peso desnecessário na nossa mente, nos impedindo de combinar coisas, pois pensamos que temos que criar do zero. Podemos então, trocar a palavra criatividade por COMBINATIVIDADE! (Perceba que combinatividade é a combinação da palavra combinação + criatividade!)

Concluindo: para ser criativo, não é preciso criar algo do zero. Basta unir as coisas ao seu redor e extrair delas uma forma de resolver seu problema. O caminho para isso pode parecer difícil a um primeiro olhar, mas se você fizer o exercício proposto e se manter consciente deste fato, estará um passo mais próximo da sua grande ideia.

Desejo para você ótimas ideias.

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Renan Monteiro é estudante de Engenharia Civil, YouTuber, amante do crescimento, professor em tempo parcial e aprendiz em tempo integral.
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